O imóvel vizinho à galeria Vermelho, a casa amarela, deixou de ser um cortiço. Comprado pela família da artista Chiara Banfi, o Cícera, agora de concreto aparente, destina-se a programas de residência artística e ateliês e, atualmente, sedia uma mostra com artistas da Vermelho.
Inaugurado no fim de outubro, o espaço foi concebido pelo artista mexicano radicado no Brasil Héctor Zamora.
"Os proprietários tinham uma proposta de projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, mas era muito onerosa", revela o mexicano.
Durante um ano, ancorado por uma maquete na qual experimentava idéias arquitetônicas, Zamora viabilizou um local que pode ser formatado de diversas maneiras.
Flexíveis e amplos, os ambientes não são interligados por paredes, e sim por escadas, que podem ser retiradas.
Os diferentes patamares, muito similares entre si, acabam criando um labirinto. "Muitos entram aqui e se perdem. Gosto de ver essa relação das pessoas com o espaço", explica.
A exibição em cartaz traz obras de Carla Zaccagnini e André Komatsu, entre outros, que exploram a mesma idéia de flexibilidade do Cícera.
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19h16
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