Robert Rauschenberg usa referências pop para fundir tempos

Crédito: Divulgação
"Cena Rodopiante- Moleques", de 2007, é uma das 98 obras expostas no Tomie Ohtake

Robert Rauschenberg foi dos poucos artistas a perceber "a intimidadora clareza do encanamento como linguagem". E isso só quer dizer que esse artista norte-americano, nome fundamental da pop art que morreu no ano passado, descobria no cotidiano as imagens que se reproduzem em suas obras.

Em 1955, transformou uma cama em quadro. Num processo parecido, pintou sobre chapas de metal corroídas, levando a superfície a um grau de expressividade maior até do que o assunto da tela. Essa série e outras cem obras estão no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (região oeste paulistana), a partir de terça-feira (15).

E não interessava tanto o assunto. Rauschenberg falava em narrativas abertas, pistas que não levavam a lugar algum. Suas "Short Stories", também na mostra, são parágrafos soltos de contos, sem começo nem fim. Não era para ser enigmático, mas para mostrar que o que importa é a fusão de tempos num mesmo plano. Presente, passado e futuro se misturam na beleza de um lençol no varal, de notícias de jornal ou de rastros de pneu.

Instituto Tomie Ohtake - r. Coropés, 88, Pinheiros, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2245-1900. Ter. a dom.: 11h às 20h. Abertura: 15/12. Até 21/2/2010. Grátis. Classificação etária: livre.

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