Caixa Cultural São Paulo mostra o Brasil pelos traços de John Graz

Crédito: Divulgação

Em 1920 a vida de John Louis Graz e a arte brasileira mudaram. Nesse ano, o artista plástico suíço, um dos mais importantes do século 20, chegou ao Brasil e por aqui iniciou um trabalho artístico intenso, que só cessou em 1980, quando morreu em São Paulo. E é esse período que o curador Sério Pizoli apresenta ao público paulistano na mostra "O Brasil de John Graz", que estreia na Caixa Cultural da Sé (região central) neste domingo (24).

O curador selecionou cerca de 180 trabalhos inéditos do artista, com desenhos, estudos e cadernos de viagem e esboços, que apresentam a visão modernista de um país tropical, representado em diferentes técnicas e temáticas.

Na mostra, o acervo de Graz aparece em dois segmentos. O primeiro deles reúne desenhos em pequenas dimensões, que variam, entre 9 x 9 cm a 36 x 36 cm, organizados em pranchas maiores. A segunda parte é reservada a desenhos maiores, de 30 x 40 cm a 60 x 70 cm. A maior das telas, a "Bachiana Brasileira", que mede 220 x 99 cm, fecha a mostra.

Cenas cotidianas e arquitetura brasileiras, viagens, festas e paisagens, flora e
fauna, o homem e o trabalho são os temas das telas de Graz, que trabalha o movimento dos traços e a sensação das cores.

O jeito europeu de pintar o Brasil rendeu a Graz um convite, feito por Oswald de Andrade, para participar da Semana de Arte Moderna de 1922, na qual estiveram nomes como Anitta Malfatti, Di Cavalcanti e Vicente do Rego Monteiro. Um dos fundadores da Sociedade Pró Arte Moderna (Spam) e do Clube dos Artistas Modernos (CAM), o suíço começou a trabahar, em 1925, como arquiteto e designer de interiores, atividade a qual dedicou 40 anos de sua carreira.

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