Com 40 obras e documentos do acervo da família que até então não tinham chegado aos olhos do público, a Caixa Cultural São Paulo (região central) abriga a mostra "Lothar Charoux: Entre Vida e Obra", que foi prorrogada até 24 de abril --a temporada terminaria no domingo (21). Entre os trabalhos expostos estão guache, serigrafia e nanquim sobre papel, telas em óleo e tintas acrílicas e uma matriz para impressão.
Lothar Charoux nasceu na Áustria, em 1912, mas foi no Brasil onde ajudou a desenvolver a escola artística que o faz ser lembrado até hoje. Expoente do concretismo, o artista veio para São Paulo (SP) em 1928, mesma cidade que hoje recebe uma exposição inédita em sua memória.
Organizados em vitrines, os documentos dividem espaço com fotografias e alguns objetos, como os Triângulos Componíveis, o Novelo e os Azulejos. A curadoria é de Maria Alice Milliet.
O austríaco ajudou a fundar o Grupo Ruptura, em 1952, com o qual promovia a discussão sobre os rumos da arte, da arquitetura e do design, e participou dos maiores encontros relacionados à arte concreta, desde que aderiu a ela. Com a inexatidão como traço forte de sua personalidade artística, Charoux fazia uma arte racional, livre de subjetividade, e geométrica, ao mesmo tempo que era movido pelo afeto e pelo improviso.
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