Sandra Nkaké e Naná Vasconcelos falam sobre último show do Ano da França no Brasil

Crédito: Julio Kohl/Divulgação

"A primeira vez que chorei ouvindo música brasileira foi assistindo ao filme "Orfeu Negro", quando eu tinha 12 anos! Principalmente quando tocou 'Felicidade'", conta a franco-camaronesa Sandra Nkaké, que divide o palco do Sesc Pinheiros com Naná Vasconcelos no último show do festival Station Brésil, neste domingo (15), que encerra o Ano da França no Brasil. Na mesma noite, Tom Zé e a francesa Jeanne Cherhal homenageiam o intercâmbio cultural entre os dois países.

O festival, que ontem reuniu Spleen, Isca de Polícia, Bertignac e Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra, hoje começa às 18h.

De voz potente e visual tão expressivo quanto, Nkaké agregou tudo o que achou de interessante no folk, soul, jazz, rap e flamenco em seu álbum de estreia, "Mansaadi", em que alterna letras em francês e inglês. Fã de Tom Jobim --"Água de Beber" é uma de suas canções favoritas--, Nkaké aprecia a musicalidade brasileira. "Eu conheci um cantor brasileiro chamado Marcelo Pretto, vocalista da banda Barbatuques, há três anos, em Amiens, na França. Corri para o backstage quando ouvi a voz incrível que ele tem. O convidei para participar do meu álbum e ele gravou os vocais de 'Souffles', um poema de Birago Diop. A musicalidade de Pretto me enebria", conta.

Dos artistas que se apresentam no Station Brésil, Nkaké conhece Tom e Naná. "Estou muito empolgada em poder compartilhar música com o Naná: ele é uma alma, um músico e um artista maravilhoso", diz ansiosa. "Quando cheguei em Brasília [DF] conheci Ana Cañas também e a nossa conexão foi muito boa".

A relação do músico brasileiro Naná Vasconcelos com a França também é estreita. Entre as muitas turnês que fez pelo mundo com artistas como Milton Nascimento, Egberto Gismonti e Pat Menheny, percussionista morou cinco anos em Paris. "Foi nos anos 70 que começou a integração francesa com a música africana, da África negra e dos árabes", contextualiza. "Mas, neste show, como sempre, darei prioridade à coisa mais brasileira, para que realmente exista uma troca de ideias", explica Naná.

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