Para Rodrigo Lombardi, estreia com Fúlvio Stefanini foi maravilhosa

Rodrigo Lombardi sente orgulho só em olhar para o imenso cartaz do espetáculo "A Grande Volta". "Olha ali, só de estar ao lado dele já diz tudo", aponta, fazendo referência à grande foto de Fúlvio Stefanini, colocada ao lado da sua.

A conversa com o Guia da Folha aconteceu logo após a estreia da peça, no último sábado (1º), no teatro Faap (centro de São Paulo). "Foi maravilhoso, e o bom é que pessoas amigas vêm e dão boas energias", conta o artista. Tarcísio Meira, Glória Menezes, Gabriela Duarte e Juca de Oliveira foram alguns destes amigos que fizeram questão de assistir à encenação do texto do belga Serge Kribus, traduzido por Paulo Autran em 2001.

Sob a direção de Marco Ricca, Fúlvio e Rodrigo se transformam em Boris e Henrique, um pai e um filho com temperamentos tão iguais que acabam protagonizando embates intensos sobre temas diversos --de "besteiras" cotidianas à relação distante entre os dois.

Crédito: João Caldas/Divulgação Rodrigo Lombardi (à frente) diz sentir orgulho de trabalhar com Fúlvio Stefanini no espetáculo "A Grande Volta"

Momentos da peça

"Sou igual a você, eu minto, não me comunico, eu não aproveito nada", diz o filho em um trecho da peça. "A gente não para de mentir, todos mentem", grita o pai, em outro momento. Os dois são "obrigados" a conviver juntos quando Boris aparece na casa de Henrique, de repente, para passar alguns dias por lá. As brigas e as reconciliações se sucedem a todo o momento, é como se eles não conseguissem controlar. "Eu não quero mais falar com você!", é o que diz o pai após uma discussão. "E você acha que algum dia falou?", responde o filho.

Durante pouco mais de uma hora, o público presencia, bem de perto, este relacionamento não apenas conturbado, mas também muito afetuoso, em tons que mesclam desabafos e pedidos de desculpas. Como Henrique, quando reclama: "Eu sou só um filho que não consegue dizer o que pensa". E o pai, quando se justifica: "Eu não sou um super-herói".

Com criatividade e delicadeza, o cenário e a iluminação proporcionam a criação de três ambientes: a casa do filho, um banquinho na rua e uma prisão. E, em todos esses locais, a ligação entre os personagens se torna cada vez mais sólida --apesar de ficarem cada vez mais claras as suas diferenças.

Prevista para ficar em cartaz até 15 de agosto, "A Grande Volta" tem sessões às sextas-feiras, aos sábados e aos domingos, no teatro Faap, e os ingressos custam R$ 70.

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