Aprenda a fazer o drinque cubano que faz sucesso em bar de SP

Foi súbita e avassaladora a paixão de Ernest Hemingway por Cuba. Arrebatado, o escritor norte-americano morou em Havana por mais de 20 anos e, durante todo esse período, ficaria conhecido na cidade como grande apreciador de coquetéis.

Crédito: Newton Santos/Folha Imagem

A poucos passos do hotel onde morava, estava La Bodeguita del Médio, histórico endereço da noite cubana. Lá, o autor de "O Velho e o Mar" se tornou consumidor assíduo do refrescante mojito e, de tanto alardear sua devoção, ajudou a fazer a fama internacional da leve combinação de rum, limão e hortelã.

Por aqui, a bebida conquistou muitos adeptos, popularizou-se e, há quase uma década, é a preferida dos frequentadores do Azucar. Aberto no Itaim em 2000, o bar trata de evocar o clima dos clubes caribenhos. Fotos e referências à ilha tomam o salão à meia-luz e também dão o tom à pista de dança, que atravessa a madrugada embalada pelo merengue e por outros ritmos latinos.

Eclética, a carta de bebidas do Azucar abriu espaço para as caipirinhas brasileiras. Também privilegia uma série de combinações com rum em coquetéis interessantes, como o Caju Compañero, uma releitura do célebre Caju Amigo.

Mas não adianta. De segunda a sábado, todos, ou quase todos, só querem saber do mojito. Entre passadas de salsa, são consumidos quase 5.000 drinques por mês, 60 mil por ano. "Abrimos o bar em um momento muito propício, quando Cuba estava sendo redescoberta e ressurgia envolta em certo glamour", conta Georges Henri Foz, um dos sócios do negócio. "Até hoje, somos os maiores compradores do [rum] Havana Club do Brasil."

Para dar conta da demanda incessante, especialmente nos fins de semana, o barman Roque de Oliveira, 44, --o Oliveira-- comanda uma equipe de cinco auxiliares. Todos afinados para preparar a bebida que causa rebuliço na casa. A receita do bar segue os preceitos da tradição cubana. Alguns ajustes, porém, dão conta das preferências nacionais. Com quase 30 anos de experiência atrás do balcão, 20 deles no antigo Pandoro, Oliveira conta que seu mojito tem mais hortelã e um tanto mais de álcool que o drinque servido usualmente na ilha.

"Se não for assim, o brasileiro reclama que está aguado", revela. Também costuma dispensar a adição da angostura, uma bebida amarga e aromática utilizada em algumas das versões do drinque cubano. "Ela faz sobressair muito o sabor do rum", explica. Para preparar o mojito clássico, Oliveira utiliza Havana Club prata, "leve e transparente". Com runs envelhecidos, cria variações que costumam agradar aos paladares masculinos.

Caso do mojito superpremium, feito com água Perrier no lugar da água gaseificada convencional e uma dose de rum sete anos, que deixa o drinque com uma coloração levemente amadeirada e um perfume pronunciado que lembra o uísque. A semelhança não é acidental: os barris de carvalho utilizados pelas destilarias cubanas para armazenar o rum são importados do Canadá, onde já serviram para maturar o bourbon.


RECEITA

Ingredientes

:: 55 ml de rum
:: 1 colher de sobremesa de açúcar
:: folhas de hortelã a gosto
:: 20 ml de suco de limão
:: gelo
:: água gaseificada

Modo de preparo

Em um copo longo, macere levemente a hortelã com o açúcar e o suco de limão. Acrescente as pedras de gelo. Coloque a dose de rum e complete com a água gaseificada. Mexa delicadamente com uma colher. Decore com um ramo de hortelã.

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