Veja seleção de casas para apreciar a gastronomia chinesa

Crédito: Folha Imagem
Seleção traz restaurantes que representam a gastronomia de diversas regiões da China

Chineses têm orgulho de sua culinária. Talvez até obsessão. Até hoje, velhinhas, em vez de darem um bom dia cumprimentam com um "ni chi fan le ma?" (você já comeu hoje?). E, por trás da genérica denominação "comida chinesa", se esconde uma diversa geografia culinária.

Em São Paulo, há tanto restaurantes que há décadas se adaptaram ao gosto paulistano quanto os que, abertos recentemente por novos imigrantes, trazem mais fielmente a experiência de comer na China.

A seguir, a Revista faz uma pequena seleção deles, para o país que recebeu a Olimpíada não ficar apenas na saudade. Vale lembrar que suas porções costumam ser generosas e seus preços, em geral, acessíveis.

Chi Fu
Une-se a um aglomerado de restaurantes onde, de tão autênticos, mal se fala português. Seu forte são frutos do mar e peixes, pescados na hora em tanques. O cardápio bilíngüe tem 210 pratos, entre eles pepino-do-mar cozido (R$ 150) e o pato de Pequim (R$ 90). Nomes poéticos podem enganar: o sessenta folhas (R$ 17) é parte do estômago do boi fatiado com legumes.

Endereço: pça. Carlos Gomes, 168, Liberdade, tel.: 0/xx11/ 3104-2750. Seg. a dom.: 11h às 16h e 18h às 22h. Não aceita cartões de crédito. Tem salão para banquete. Possui ar-condicionado. Não tem área para fumantes.

China Esmeralda
O chef Yin Ling Tap de Hong Kong faz o lombo à moda de Sichuan (R$ 23) em sua wok tão rapidamente, que o repolho e a cenoura fatiada ficam bem crocantes. Traz algumas surpresas mais típicas, como a sopa de barbatana de tubarão (R$ 90).

Endereço: r. Dr. Cândido Espinheira, 662, Perdizes, tel.: 0/xx/11/3862-7798. Seg., ter., qui. e sex.: 11h às 14h e 18h30 às 22h. Sáb.: 11h às 15h. Dom.: 11h às 15h e 18h às 21h30. Cartões de crédito: Visa, Mastercard e American Express. Possui ar-condicionado.

China Massas Caseiras
Não tem medo de seguir uma linha abrasileirada. Serve pastéis e pães chineses -o ponto alto é o de nirá (cebolinha oriental) cozido na água (R$ 21). O macarrão com molho chinês (R$ 24), cujos grossos fios têm cerca de um metro, é mais divertido que saboroso.
Informe-se sobre o local

China Plaza
Aberto há seis anos por sócios oriundos do China Esmeralda. Os dois vizinhos têm cardápios idênticos, mas cozinheiros diferentes. Quem lidera esta casa é Chu Wai Man, que veio de Hong Kong há 34 anos. O que mais chama a atenção é o ninho de batata -uma cesta bem servida de misto de carne com legumes (R$ 38) ou de frutos do mar (R$ 49).
Informe-se sobre o local

Kar Wua
O chef Ling Ci An, de Hong Kong, e sua esposa Chen fazem questão de cumprimentar todos os clientes. O menu traz porções como a de costelinha de Cantão (R$ 31), temperada com taosi (feijões em conserva), posta à mesa em molho ainda borbulhante.
Informe-se sobre o local

De norte a sul

Cantão (sul)
A culinária chinesa mais difundida no Ocidente é a cantonesa. Foi dali, do sul da China, que veio a maior parte dos imigrantes chineses. Eles trouxeram consigo o "dim sum" -porções ligeiras, como sopas e pãezinhos recheados ao vapor- e a arte de refogar rapidamente legumes e carne picados em frigideiras parabólicas chamadas "wok". O calor e as chuvas na região criaram também uma forte cultura do arroz.

Norte
No frio do norte, desenvolveu-se o trigo e, com ele, uma culinária baseada em massas. Apesar de austera, a culinária do norte inventou o mais famoso prato chinês: o pato de Pequim, servido fatiado em heye bing (minipanquecas), junto a legumes crus fatiados.

Leste
Irrigada pelas águas do rio Yangtsé e banhada pelo oceano, a região de Xangai, no leste, especializou-se em peixes e frutos do mar.

Centro-oeste
Já a região de Sichuan, no centro-oeste, destaca-se pelo uso libertário da pimenta.

Leia mais

Livraria da Folha

Especial

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais