Anquier se prepara para novas gravações na TV; leia entrevista

Crédito: Divulgação
Chef e apresentador de televisão, Olivier Anquier fala sobre sua relação com a cozinha

Pratos e pães envoltos em um invólucro que reúne memória e afetividade. Assim pode ser definida a cozinha do chef, ator e apresentador de televisão francês Olivier Anquier. Em entrevista exclusiva ao Guia da Folha Online, ele falou sobre sua trajetória e sua relação com a gastronomia --ou melhor, culinária, como gosta sempre de ressaltar.

Notabilizado por seus pães e pela participação em programas televisivos, Anquier se prepara atualmente para voltar às telas, no canal a cabo GNT, após passar um bom tempo hospedando o programa na internet.

Segundo ele, as primeiras gravações acontecem em abril e, na nova série "Diário de Olivier", ele vai continuar a explorar o que considera uma de suas principais características: a curiosidade. "Foi esse traço de personalidade que me fez conhecer e me apaixonar pela cultura e também pela cozinha do Brasil", completa.

Além de chef e padeiro, Anquier se tornou um apresentador conhecido de programas de culinária ainda em 1996. "Minha relação com a televisão começou quando me tiraram da padaria para fazer o 'Forno, Fogão e Companhia'", relata. O extinto programa da rede Record foi sua primeira experiência. A segunda foi a série "O Francês", em que apresentava o seu país de origem na TV Globo durante a Copa do Mundo de 2006.

Após essa experiência na emissora, resolveu criar o "Diário de Olivier", programa em que explora o universo gastronômico regional do Brasil em um formato que considera inovador. "Fui copiado fora. Não sou uma cópia do Jamie Oliver. É ele quem copia uma fórmula que apareceu no Brasil", argumenta.

Cozinha emotiva

Apesar de dividir seu tempo entre a televisão, o teatro e o ofício de padeiro, ele garante que ainda cozinha todos os dias. "Sou motivado a mostrar que a culinária é algo intimamente ligado ao prazer, à emoção de colocar algo gostoso na boca e à satisfação de servir outras pessoas."

De acordo com Anquier, seu trabalho é ancorado na transmissão dos valores herdados de seu pai, que, apesar de médico, era dedicado também à cozinha e fazia questão de preparar o almoço de domingo. "Um dos pilares desse modo de encarar a cozinha é o simbolismo da mesa, que significa o diálogo, o ato de compartilhar, os valores e a família", explica.

Anquier chegou ao Brasil com pouco mais de 20 anos para passar um mês de férias e, de lá para cá, não pensou mais em voltar. Seu primeiro contato com a cozinha profissional foi em solo brasileiro. "Eu vim passar férias e me apaixonei. Gostei tanto que hoje sou mais brasileiro do que qualquer outra coisa", resume.

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