Lorenzon voa alto em "Funâmbulo", solo inédito de Jean Genet

Crédito: Divulgação

O encontro em Paris entre o ator brasileiro João Paulo Lorenzon e um seleto grupo de amigos, formado por um artista plástico, uma poetisa oriental e um artista de circo, seria um bom mote para uma peça de teatro. Ressaltando, claro, que esse trio é detentor da obra de Jean Genet.

O objetivo da reunião era a liberação dos direitos autorais de "Funâmbulo", que foi lograda após um ano de "batalha". "Foi um teste de fogo. No final, vi que eles tinham uma preocupação ideológica e pouco comercial sobre o texto", diz Lorenzon.

Inédita no Brasil, a peça em cartaz desde sexta-feira (11), no Sesc Avenida Paulista (região central da cidade de São Paulo), foi dedicada ao acrobata de circo Abdallah, amante do escritor francês. Trata-se de um poema sobre a arte de se equilibrar no fio (e na vida), marcado por uma história trágica.

Durante os ensaios de um solo, que deveria estar à altura do poema, Abdallah sofreu um acidente e não pôde mais andar no fio. Abandonado por Genet, ele se matou.

Para realizar o monólogo, com direção de Joaquim Goulart e cenografia de Daniela Thomas, Lorenzon teve de praticar o equilibrismo --uma das muitas exigências dos detentores dos direitos da obra era que o ator soubesse andar no fio. E, como se trata de Genet, podemos acrescentar: no fio da navalha.

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