Corredor gastronômico de rua tradicional de SP ganha reforço

LUIZA FECAROTTA
do Guia da Folha

02/02/2009

12h22

Clima interiorano, com mesas nas calçadas arborizadas e um ar de tranquilidade fazem da rua Tupi um dos endereços mais descolados da região. Neste comecinho de ano, o local já está com novidades. A expansão reforça o movimento de uma clientela que não se restringe ao público do bairro e que gosta de passear por ali caminhando. O Guia entrou no embalo e percorreu o principal trecho da Tupi, entre Higienópolis e Pacaembu.

Harry Pisek
Filial da salsicharia homônima de Campos do Jordão, que funciona há 12 anos, a pequena casa tem vista privilegiada. No menu, opções da cozinha alemã, que atestam a especialidade do proprietário, Harry Piseki, filho de austríacos. O salsichão de alho recheado com queijo brie e risoto de alho-poró (R$ 36,90) aparece ao lado de clássicos como salsichão com salada de batata --servida com três opções de mostarda à mesa-- e páprica shinitzel.
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COQ
Depois de funcionar por cerca de cinco anos como um bistrô badalado, fechou a cozinha no começo de 2008 para se dedicar apenas às festas. Com o retorno do chef Damião Batista, que antes fazia uma cozinha francesa mais clássica, o restaurante deve reabrir as portas em 15 dias. A decoração será mais leve e despojada: as cortinas de veludo darão espaço a cortinas brancas de voal e as mesas serão cobertas com toalhas de chita. No menu, criações mais contemporâneas e preços mais convidativos.
R. Tupi, 832, Higienópolis, região central, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3661-4011.

Nur
Do mesmo dono do De La Paix, a casa abriu com a proposta de uma cozinha árabe mas logo ganhou outro contorno e agora atende a uma clientela predominantemente judia. Receitas que seguem os preceitos kosher --aqui, dispensam leite e têm carnes supervisionadas por um rabino-- dão forma ao cardápio, que traz pratos como fígado de galinha ao vinho branco com purê de batatas (R$ 38).
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De La Paix
Bistrô com ambiente acolhedor e um agradável espaço com mesinhas na calçada. Seu menu traz novidades como o risoto de cordeiro e o ravióli de funghi com molho bechamel. Não é só: uma escada íngreme leva ao subsolo onde há uma adega charmosa, com uma mesa que pode ser reservada com antecedência para no mínimo dez pessoas (e no máximo 16). Custa R$ 100, para cada um, com cardápio completo --para escolher o vinho, cobrado à parte, peça ajuda à sommelier Janice Tejo.
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Casa das Massas
Uma pequena portinha com toldo branco dá passagem para uma escada que leva os clientes a um salão no subsolo desta cantina, decorada com simplicidade e garrafas de vinhos aparentes. Em clima acolhedor, oferece pratos triviais, como o fettucine à bolonhesa, espaguete com frutos do mar e filé mignon à parmigiana. Todos os pratos também podem ser encomendados por telefone.
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Família Dias Confeitaria
Seu forte são os pedidos feitos sob encomenda, mas também aproveita seu espaço diminuto e simpático para exibir quitutes em uma vitrine refrigerada. Despertam o paladar os bolos feitos com base de pão-de-ló, como o Bariloche, com um disco de suspiro, chantilly e pedaços de chocolate meio-amargo (R$ 44, o quilo), e os de massa folhada. Há também docinhos, tortas e sorvetes.
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Pobre Juan
Com matriz na Vila Olímpia, esta casa de parrilla (churrascaria à moda argentina e uruguaia) tem espaços amplos e decoração rústica, que combina com a atmosfera arborizada da rua. Do cardápio, destacam-se cortes típicos como o "ojo de bife" (corte do centro do contrafilé) e o bife que leva o nome da casa --corte da capa do contrafilé. Guarde espaço para as sobremesas preparadas com o legítimo doce de leite argentino, como as panquecas, e não deixe de consultar a boa carta de vinhos.
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