Novos sistemas de conservação revolucionam forma de servir vinho

Crédito: Jefferson Coppola/Folha Imagem
Novos sistemas de conservação revolucionam forma de servir vinho; veja as principais novidades do circuito paulistano

Basta dar uma olhada nas mesas dos restaurantes. Só dá ele. Tinto, branco, rosé, o vinho é a coqueluche da estação. E olha que o inverno ainda nem chegou.

Para se ajustar a essa tendência, a cada ano mais crescente, wine-bares e restaurantes estão apostando em novos métodos para conservar a bebida. Uma garrafa, que antes durava apenas dois dias, agora pode ficar até três semanas aberta sem perder aroma e sabor --garantem os produtores das engenhocas.

Nada de uma ou duas garrafinhas esquecidas no canto da adega. A aposta é ampliar a oferta em taças, com os mais variados preços e rótulos de alta pontuação que chegam a custar R$ 720, mas, pelos quais, você pode pagar R$ 98 (a tacinha, é claro).

Outro destaque são os vinhos de "fabricação própria", servidos em jarras, como na Europa. De olho nessa mania, o Guia selecionou um roteiro para tomar boas goladas, agora em doses de 30 ml, 150 ml, 200 ml... Fica ao gosto do freguês.

Veja dicas para apreciar a bebida em taça

- Se informe sobre quanto tempo o vinho está aberto; sem máquinas específicas para conservação, a garrafa dura no máximo um dia (o prazo é maior, por exemplo, no caso de vinho do Porto).

- Vinho em taça (exceto o armazenado em máquinas) segue o mesmo ritual do servido em garrafa: o consumidor deve ver o rótulo e provar a bebida.

- O preço do vinho em taça nunca deve ser superior ao de um quarto do valor da garrafa. Faça a conta: se for consumir mais do que três copos do mesmo rótulo, peça uma garrafa, que, em média, oferece cinco doses.

- Na dúvida, chame o sommelier; ele é o profissional que pode indicar vinhos mais adequados ao tipo de prato escolhido.

- Se você não aprovar, pode pedir outro, caso reconheça algum "defeito", como a oxidação. Detalhe: essa é uma habilidade que requer tempo e prática, dizem os especialistas.

- Alguns restaurantes, porém, adotam a política de trocar o vinho em taça que não agrada o paladar do cliente.

Top 5 - Para todos os gostos
(espumante, branco, tinto e de sobremesa)
Na seleção de Domingos Meirelles, diretor da Expovinis Brasil:

Chandon Rosé Brut (espumante)
Boa opção para iniciantes. É leve, fresco e ligeiramente adocicado. Espumantes brasileiros têm alta qualidade, mas não estavam presentes nas cartas dos restaurantes.
Onde encontrar: Zucco
Preço: R$ 24 (170 ml)

Esporão Private Selection (branco)
Belo aroma, no qual a madeira está muito bem balanceada. Fino e elegante, é alternativa para quem conhece, de Portugal, apenas o vinho do Porto.
Onde encontrar: Empório Santa Maria
Preço: de R$ 7 (30 ml) a 27 (120 ml)

Don Melchor Private Reserve 2004 (tinto)
Ótima possibilidade para ter um grande vinho pagando apenas uma taça. Chileno, é produzido por uma das maiores casas de vinho do mundo, a Concha y Toro.
Onde encontrar: D.O.M.
Preço: R$ 47 (190 ml)

Vinha Solo Preludio 2007 (tinto)
Elegante e correto. Boa oportunidade para quem não tem o costume de degustar a produção nacional. Para desfazer mitos.
Onde encontrar: Varanda Grill
Preço: R$ 15 (180 ml)

El Noble Botrytised (sobremesa)
Por um preço razoável, experimenta-se um vinho de sobremesa sul-americano, região geralmente não associada a esse tipo de bebida
Onde encontrar: Lola Bistrot
Preço: R$ 16 (50 ml)

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